ISSN 2674-8053 | Receba as atualizações dos artigos no Telegram: https://t.me/mapamundiorg

África

A reação dos BRICS à eleição em Portugal: Uma análise multifacetada
África, África do Sul, Américas, Ásia, Brasil, BRICS, China, Europa, Índia, Organizações Internacionais, Portugal, Rússia

A reação dos BRICS à eleição em Portugal: Uma análise multifacetada

A recente virada política em Portugal, com a eleição de um governo de centro-direita, tem despertado reações variadas ao redor do mundo, especialmente entre os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Cada membro desse grupo de nações emergentes tem sua própria perspectiva sobre as mudanças em Portugal e suas potenciais implicações. Este artigo procura explorar e contrastar essas diversas visões, citando fontes e declarações oficiais. Brasil: O Brasil, com sua profunda ligação histórica e cultural com Portugal, tem observado as eleições com grande interesse. Segundo a "Folha de S.Paulo", "a vitória do centro-direita em Portugal suscita tanto oportunidades quanto desafios para o Brasil, abrindo caminhos para novas dinâmicas econômicas, mas também instigando preocup...
E la nave va… o BRICS
África, África do Sul, Américas, Ásia, Brasil, China, Europa, Índia, Rússia

E la nave va… o BRICS

Merece reflexão atenta o artigo intitulado “O Brics Numa Nova Etapa”, do Embaixador Rubens Barbosa, que o Estadão publicou no dia 17/07, no qual ele analisa a 14ª cúpula do BRICS, realizada em 23/ 24 de junho, no formato virtual, sob a presidência de turno da China. O tema do encontro - “Promover uma Parceria de Alta Qualidade e Inaugurar uma Nova Era para o Desenvolvimento Global” - trata das próximas ações do grupo neste momento particularmente complexo em que um dos seus membros, a Rússia, promove uma guerra contra a Ucrânia, que tem, por sua vez, como pano de fundo, a ameaça que Moscou entende sofrer de parte do Ocidente contra o “status quo” da região que fez parte do “império” soviético. Conforme assinalou o Embaixador, “o encontro buscou aumentar a parceria entre o grupo e atuar ...
A construção de agendas internacionais: o papel do Movimento dos Países Não Alinhados
África, África do Sul, Américas, Ásia, Brasil, China, Europa, Índia, Rússia

A construção de agendas internacionais: o papel do Movimento dos Países Não Alinhados

Países membros (azul escuro) e observadores (azul claro) do Movimento Não Alinhado (2005). Durante a Guerra Fria o mundo foi estruturado em torno de dois grandes blocos: capitalista (liderado pelos Estados Unidos) e comunista (liderado pela União Soviética). Esses blocos formaram uma estrutura internacional conhecida por bipolar, na medida em que os blocos se mostravam antagônicos. Ao longo da Guerra Fria outras tendências importantes ocorreram, especialmente as lutas nacionais por independência, combate ao imperialismo e a busca por superação da pobreza em grande parte do mundo. Essas tendências acabaram por consolidar um grupo conhecido por Movimento dos Países Não Alinhados. Importante notar que não se tratou da criação de um terceiro polo e nem necessariamente da recusa da exi...
Como os britânicos veem seu papel no mundo em 2030 – e como estão se preparando para exercê-lo
África, Américas, Argentina, Ásia, China, Europa, Nigéria, ONU, OTAN, Reino Unido

Como os britânicos veem seu papel no mundo em 2030 – e como estão se preparando para exercê-lo

O Reino Unido acaba de divulgar um documento cuja leitura considero muito importante, fundamental mesmo, para quem se dispõe a compreender o jogo que as grandes potências estão a disputar na arena internacional. Nele, são apresentadas as revisões das políticas integradas de defesa e segurança, relações internacionais e desenvolvimento da Grã-Bretanha [1]. O documento tem, na introdução, a visão do Primeiro-Ministro Boris Johnson para o Reino Unido no ano de 2030. Em resumo, trata-se de uma visão otimista sobre o papel de seu país no mundo, que enxerga o Reino Unido como uma das mais influentes nações do planeta, com uma economia forte e que, em razão da ênfase na adoção de inovações científicas e tecnológicas, estará mais bem equipada para enfrentar um mundo ainda mais competitivo....
Mudanças na geopolítica do Oriente Médio
África, Barein, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Líbano, Omã, Oriente Médio, Palestina

Mudanças na geopolítica do Oriente Médio

Árabes e israelenses já foram à guerra várias vezes desde 1948, ano da criação de Israel. A recorrência dos conflitos armados e a chamada Questão Palestina mantiveram a rivalidade entre eles como a principal questão geopolítica do Oriente Médio na segunda metade do século 20 e no início deste século 21. Entretanto, acontecimentos recentes indicam que essa situação começa a mudar. No intervalo de cerca de um mês, em acordos intermediados pelo governo norte-americano, que foram batizados de “Acordos de Abraão”, os governos de Israel, Emirados Árabes Unidos e Barein celebraram tratados de normalização das relações diplomáticas entre os dois países árabes e Israel. As duas nações juntaram-se, dessa forma, ao grupo que até então era composto por apenas outros dois países: Egito e Jordânia, c...
Os BRICS como um ensaio para o novo Bretton Woods
África, África do Sul, Américas, Ásia, Brasil, BRICS, China, Europa, Índia, Organizações Internacionais, Rússia

Os BRICS como um ensaio para o novo Bretton Woods

Foto: Divulgação/The Economist 2015 é um ano potencialmente importante para o posicionamento internacional brasileiro, foi quando foi criado o Novo Banco de Desenvolvimento (https://www.ndb.int/) pelos países formados do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O Banco veio como uma alternativa aos já consolidados Banco Mundial (https://www.worldbank.org/en/who-we-are/ibrd) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (https://www.iadb.org/pt/sobre-o-bid/visao-geral). Ainda que o primeiro também esteja sob forte influência europeia, ambos estão numa esfera de controle dos Estados Unidos. Em termos gerais, o Banco dos BRICS se foca no apoio ao desenvolvimento de obras estruturais, especialmente ligadas à infraestrutura. Por outro lado, tem também uma função política importa...
Donald Trump e a questão iraniana: beco sem saída?
Afeganistão, África, Arábia Saudita, Estados Unidos, Irã, Iraque, Oriente Médio

Donald Trump e a questão iraniana: beco sem saída?

A mais recente façanha no longo “imbroglio” dos Estados Unidos com o Oriente Médio islâmico acaba de acontecer através de um “drone”- o "MQ-9 Reaper -, lançado, por ordem direta de Donald Trump (D.T.), do solo americano, em resposta à quase invasão da Embaixada americana em Bagdá, motivo imediato alegado. Com isto, os EUA alcançaram a “proeza” de matar o general iraniano Qassem Suleimani, quando ele desembarcava no aeroporto de Bagdá. E com ele outras importantes personalidades do estamento militar iraniano e iraquiano. Como todos nós estamos informados, Suleimani não era um general qualquer, mas o líder da “misteriosa” Força Quds, falange de elite da Guarda Revolucionária do Irã, criada ainda em 1980 – portanto, apenas um ano após a chegada do clero xiita ao poder em Teerã – e vinculad...
A presença chinesa na agricultura africana – “invasão” ou cooperação?
África, Angola, Argélia, China, Estudos, Moçambique, Nigéria

A presença chinesa na agricultura africana – “invasão” ou cooperação?

O objetivo deste estudo é avaliar a presença chinesa na agricultura africana à luz do aumento das discussões sobre uma suposta “invasão” chinesa por meio da compra de terras agricultáveis. Estudos científicos prévios e os poucos dados existentes e confiáveis indicam que não há indícios claros de uma “invasão” chinesa na África, ainda que o interesse dos chineses pela agricultura em solo africano tenha de facto aumentado neste século. Por outro lado, as ajudas e os mecanismos de cooperação técnica aumentaram substancialmente desde o início do século XXI. Parece haver espaço, pois, para parcerias que colaborem com a redução da subnutrição na África a partir da utilização da tecnologia e do know-how chinês. Até o presente momento, pouca evidência existe também sobre a ocupação de terras no co...
E la nave va (III) – Xi Jinping e a II Cúpula da Nova Rota da Seda
Ásia, Áustria, Chile, China, Egito, Grécia, Hungria, Itália, Myanmar, Peru, Portugal, Rússia

E la nave va (III) – Xi Jinping e a II Cúpula da Nova Rota da Seda

Encerrou-se ontem, em Pequim, a II Reunião de Cúpula da “Belt and Road Initiative” – a “Nova Rota da Seda” – o projeto mais ambicioso deste século, segundo muitos analistas, para o realinhamento da geoecomia/geopolítica do planeta. Conforme se recorda, lançado em 2013, por Xi Jiping, o seu objetivo é criar um cinturão econômico, tecnológico e cultural unindo a Ásia à Europa e à África, ampliando assim o traçado e o escopo da Rota da Seda original, que desenhada pelos chineses durante a dinastia Han (séc. II a.C/ II d.C), foi o grande corredor pelo qual as mercadorias do Oriente chegavam até a Europa. Esta rota, que perdurou até a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453, foi, como sabemos, o maior elo comercial e civilizacional da História. A primeira reunião de cúpula da “Road ...
A China e a África
África, China

A China e a África

Uma matéria paga, de página inteira, publicada no Estadão de hoje como "INFORME PUBLICITÁRIO", sobre as relações entre a RPC e a África chama a atenção: primeiramente por ser paga, o que deixa insinuar que por trás tem a mão dos órgãos oficiais chineses, e depois por tratar de um tema que para a maioria dos brasileiros está longe da nossa realidade... (mais…)