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China

Coproduções: estratégia para fortalecimento do mercado cinematográfico chinês
Ásia, China

Coproduções: estratégia para fortalecimento do mercado cinematográfico chinês

AP Photo/Andy Wong Artigo elaborado por Julia Nascimento Aguilar* e Natália Yuri Kitayama* "Devemos melhorar a cultura como parte do soft power do nosso país para melhor garantir os direitos e interesses culturais básicos do povo”. Essa frase foi parte do discurso do ex-presidente Hu Jintao (2017) da República Popular da China, antes do 17º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês (PCC) — o qual vem adotando a estratégia de fortalecimento do soft power chinês para aumentar a presença de seu Estado no sistema internacional (BECARD; FILHO, 2019). Como parte da estratégia de promoção cultural, iniciada na década de 1970, o PCC empreendeu três ondas de reformas culturais. A primeira, de 1978 a 1997, conduzida por Deng Xiaoping, iniciou o processo de abertura de mercado e a refor...
A construção de agendas internacionais: o papel do Movimento dos Países Não Alinhados
África, África do Sul, Américas, Ásia, Brasil, China, Europa, Índia, Rússia

A construção de agendas internacionais: o papel do Movimento dos Países Não Alinhados

Países membros (azul escuro) e observadores (azul claro) do Movimento Não Alinhado (2005). Durante a Guerra Fria o mundo foi estruturado em torno de dois grandes blocos: capitalista (liderado pelos Estados Unidos) e comunista (liderado pela União Soviética). Esses blocos formaram uma estrutura internacional conhecida por bipolar, na medida em que os blocos se mostravam antagônicos. Ao longo da Guerra Fria outras tendências importantes ocorreram, especialmente as lutas nacionais por independência, combate ao imperialismo e a busca por superação da pobreza em grande parte do mundo. Essas tendências acabaram por consolidar um grupo conhecido por Movimento dos Países Não Alinhados. Importante notar que não se tratou da criação de um terceiro polo e nem necessariamente da recusa da exi...
A Rússia, a Ucrânia, a China, a Paz de Vestfália e a tal da globalização
Ásia, China, Europa, Rússia

A Rússia, a Ucrânia, a China, a Paz de Vestfália e a tal da globalização

O que me instigou a tratar da miscelânea de temas acima foi uma matéria do professor ucraniano Andrei Kolesnikov, “Senior Fellow do Carnegie Endowment for International Peace”, publicada na última edição do “Project Syndicate”, intitulada “Putin Against History”, em que ele afirma que “Putin virou tudo de cabeça para baixo. Ele destruiu todas as conquistas das últimas décadas, incluindo a dele. Ele conseguiu exatamente o oposto de seus objetivos declarados: em vez de desmilitarizar a Ucrânia, ele fez com que o país se armasse como nunca antes; em vez de manter a OTAN longe, ele a trouxe até as fronteiras da Rússia; em vez de tornar a Rússia grande novamente, ele conseguiu transformá-la, e seu povo, em uma nação pária. Tentando impor sua versão da história da nação, ele a privou de sua hist...
O tal do poder (IV): A democracia, a Rússia, a Ucrânia e a “China de que lado está?”
Ásia, China, Europa, Rússia, Ucrânia

O tal do poder (IV): A democracia, a Rússia, a Ucrânia e a “China de que lado está?”

Presidentes da China (Xi Jinping) e Rússia (Putin) Escolhi o título desta postagem replicando o do artigo de Thomas Friedman, colunista do The New York Times, que o Estadão publicou no dia 08/03. Nele, Friedman assinala que “... a cada dia que passa, a guerra na Ucrânia se torna não apenas uma tragédia cada vez maior para o povo ucraniano, mas também uma ameaça maior para o futuro da Europa e do mundo como um todo. Existe apenas um país que pode ser capaz de impedir a guerra agora – e não são os Estados Unidos”...Continuando, ele pondera que “...se a China anunciasse que, em vez permanecer neutra, está se juntando ao boicote econômico à Rússia – ou até mesmo apenas condenando com firmeza sua invasão não provocada contra a Ucrânia e exigindo que os russos se retirassem do país – isso pod...
O tal do poder (I): Conselho de Segurança da ONU
Ásia, China, Europa, Índia, ONU, Organizações Internacionais, Rússia, Ucrânia

O tal do poder (I): Conselho de Segurança da ONU

As tropas russas entraram em Kiev, no dia 25/02. Sirenes de ataques aéreos foram ouvidas por toda a cidade e hoje acompanhamos consternados as notícias e as imagens que os meios de comunicação de todo o mundo divulgaram sobre a tragédia que se abateu sobre a Ucrânia. O Conselho de Segurança discutiu na véspera uma resolução condenatória, ainda que ciente de que não poderia implementá-la devido à oposição da Rússia que, como membro permanente do Conselho tem o direito de veto. O capítulo da Carta da ONU considerado, inicialmente, foi o VII - artigos 39 a 51 -, que elenca medidas escalonadas a serem adotadas no caso de ameaça à paz, quebra da paz e atos de agressão. Na redação da proposta original, o CSNU teria “lamentado em termos severos a agressão da Federação Russa como uma violação d...
China + Rússia + EUA + OTAN (ii): o tiro saiu pela culatra?
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, Organizações Internacionais, OTAN, Rússia

China + Rússia + EUA + OTAN (ii): o tiro saiu pela culatra?

Presidentes russo Vladimir Putim e chinês Xi Jinping (Foto kremlin.ru) Vladimir Putin acaba de retornar de Pequim, onde foi hóspede de honra de Xi Jinping na cerimônia de inauguração das Olimpíadas de Inverno que a República Popular anfitriona este ano. Certamente, ela deseja reiterar a imagem positiva que deixou das Olimpíadas de verão de 2008. Na sequência dos acontecimentos na Ucrânia, o encontro entre Putin e Xi teve uma mensagem simbólica de grande amplitude. Não somente foram assinados vários acordos, entre os quais a elevação das exportações de gás da gigante russa Gazprom para a RPC, do montante de 38 para 48 bilhões de metros cúbicos anuais (lembremo-nos de que o tema é o “nó górdio” no envolvimento dos europeus no projeto dos americanos de intensificarem suas ameaças a Mo...
Rússia, a Ucrânia, os Estados Unidos, a China, a Europa e a Otan
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, Organizações Internacionais, OTAN, Rússia, Ucrânia

Rússia, a Ucrânia, os Estados Unidos, a China, a Europa e a Otan

Metendo o bedelho...Nunca pus os pés na Rússia, mas servi em Astana - hoje, Nursultan -, no Cazaquistão, e arrisco esboçar a minha percepção a partir da ótica de um país vizinho.  Para mim, o quadro geopolítico que define a relação entre a Rússia e a Ucrânia se aplica a todo o universo “ex-soviético”, como é o caso do Cazaquistão. São ambos ex-repúblicas da URSS, vizinhos contíguos da Rússia e ex-seguidores da mesma cartilha ideológico/político/econômico marxista que predominou em toda a região até 1991, quando a União Soviética se dissolveu. A experiência independente destes países tem, portanto, apenas 31 anos, ou seja, são Estados “jovens” que anteriormente, como “satélites”, serviam sobretudo como celeiro, no caso do Uzbequistão, e terreno de testes nucleares, como no do Cazaqu...
China e Taiwan, a história inacabada (ii)
Ásia, China

China e Taiwan, a história inacabada (ii)

Polemizando... O Estadão de hoje noticia laconicamente, num rodapé de página, uma questão que tem significado importantíssimo para os dois herdeiros de um dos mais dramáticos espólios da História do pós-colonialismo: a disputa entre a República Popular da China (RPC) e a República da China (ROC) pela representação legítima da China perante a comunidade internacional: "A NICARÁGUA ANUNCIOU ONTEM QUE ROMPEU AS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS COM TAIWAN E AGORA, PARA O GOVERNO DE DANIEL ORTEGA SÓ EXISTE UMA CHINA ,SEGUNDO DECLAROU SEU CHANCELER, DENIS MONCADA. "A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA É O ÚNICO GOVERNO LEGÍTIMO QUE REPRESENTA TODA A CHINA , E TAIWAN É UMA PARTE INALIENÁVEL DO TERRITÓRIO CHINÊS, DISSE MONCADA" O que parece ser um tema distante da nossa realidade pode trazer, na verdade, co...
COP26, é preciso ir além do aquecimento global
Américas, Ásia, China, Estados Unidos

COP26, é preciso ir além do aquecimento global

Fonte Wikipedia, novembro de 2021 O mundo está com os olhos sobre a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, também conhecida como COP26. Ocorrendo em Glasgow, na Escócia, é uma tentativa de avançar de forma mais contundente no compromisso de preservação ambiental. Esse objetivo é particularmente importante se considerarmos que a última COP fracassou na construção de metas mais ambiciosas. O principal objetivo da COP26 é a apresentação de propostas e a determinação dos compromissos sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa, que levam ao aquecimento global. No longo prazo o que se pretende é não ultrapassar o 1,5° de aquecimento até 2100, conforme proposto no Acordo de Paris. Ao colocarmos o foco da análise sobre o impacto da atividade humana sobre o...
China e Estados Unidos: a “Guerra Fria” do século XXI ?
Américas, Ásia, China, Estados Unidos

China e Estados Unidos: a “Guerra Fria” do século XXI ?

O ex-primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, recentemente “cantou a pedra”, segundo o analista David E. Sanger, do “New York Times” : “ uma Guerra Fria entre Pequim e Washington não é apenas possível, mas provável...” Esta declaração aguçou ainda mais as suspicácias dos analistas ocidentais. Segundo ele, é verdade “que a China está emergindo como um adversário estratégico muito maior do que a União Soviética jamais foi - uma ameaça tecnológica, uma ameaça militar e um rival econômico”. Para Sanger, “ao tempo em que Pequim está expandindo seu programa espacial, lançando mais três astronautas para sua estação espacial e acelerando seus testes de mísseis hipersônicos destinados a derrotar as defesas antimísseis americanas, os EUA anunciaram que fornecerão tecnologia de submarino nuclea...