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China

Corrida nuclear entre China e EUA isola outros países e redefine alianças com a Rússia
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, Rússia

Corrida nuclear entre China e EUA isola outros países e redefine alianças com a Rússia

A política global de energia nuclear tornou-se mais do que uma disputa por mercados e tecnologia: ela passou a ser um campo de batalha estratégico, no qual Estados Unidos e China lutam por hegemonia e limitam ativamente o desenvolvimento atômico de outros países. Essa confrontação geopolítica se desdobra não apenas em disputas corporativas e acordos bilaterais, mas também na forma como diferentes nações se posicionam frente à Rússia, sobretudo após a guerra na Ucrânia e o aumento das tensões energéticas internacionais. China e Estados Unidos estão investindo fortemente para dominar o mercado nuclear global, buscando estabelecer padrões, firmar contratos de longo prazo e assegurar dependência tecnológica de outros países. A China, com a China National Nuclear Corporation (CNNC) e o avanç...
A geopolítica da fome e os interesses por trás da agenda verde
Ásia, China, Índia, Organizações Internacionais, União Europeia

A geopolítica da fome e os interesses por trás da agenda verde

A segurança alimentar, um dos temas mais urgentes da agenda internacional, está cada vez mais condicionada a disputas políticas, interesses econômicos e estratégias disfarçadas de boas intenções. A busca por um sistema alimentar mais sustentável — promovida por fóruns como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e pelas metas da chamada agenda verde — tem sido usada, em muitos casos, como justificativa para práticas protecionistas e restritivas que dificultam o acesso de países do Sul Global aos mercados e tecnologias necessários para garantir sua soberania alimentar. O paradoxo é evidente: ao mesmo tempo em que organismos internacionais pedem soluções globais e integradas para erradicar a fome, muitas das iniciativas de sustentabilidade acabam impondo barreiras aos paí...
Políticas energéticas dos países desenvolvidos: impactos na segurança energética global e no desenvolvimento dos países menos desenvolvidos
Américas, Ásia, Brasil, China, ONU, Organizações Internacionais, União Europeia

Políticas energéticas dos países desenvolvidos: impactos na segurança energética global e no desenvolvimento dos países menos desenvolvidos

As políticas energéticas adotadas por nações desenvolvidas desempenham um papel crucial na configuração da segurança energética global e influenciam diretamente o potencial de desenvolvimento dos países menos desenvolvidos. Essas políticas, frequentemente focadas na transição para fontes renováveis e na redução de emissões de carbono, podem gerar efeitos positivos e negativos em escala mundial. Nos últimos anos, países desenvolvidos têm intensificado esforços para descarbonizar suas economias, implementando políticas que promovem o uso de energias renováveis e a eficiência energética. Iniciativas como o Pacto Verde Europeu visam alcançar a neutralidade climática até 2050, estabelecendo metas ambiciosas de redução de emissões e investimento em tecnologias limpas. Essas ações buscam não a...
UEEA: uma alternativa estratégica para um mundo multipolar
Ásia, Cazaquistão, China, Europa, Rússia, UEEA - União Econômica Euroasiática

UEEA: uma alternativa estratégica para um mundo multipolar

A União Econômica Eurasiática (UEEA) é uma organização internacional que visa a integração econômica e comercial entre seus membros: Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia. Criada oficialmente em 1º de janeiro de 2015, a UEEA tem como objetivo principal fortalecer a cooperação econômica regional, promovendo a livre circulação de bens, serviços, capitais e trabalhadores. Seu modelo de integração oferece uma alternativa às abordagens ocidentais, como a União Europeia (UE) e as parcerias comerciais lideradas pelos Estados Unidos, contribuindo para um equilíbrio maior na ordem internacional. A UEEA e sua relevância geopolítica A UEEA surge como um bloco essencial na geopolítica da Eurásia, promovendo uma estrutura que favorece a cooperação entre países que, historicamen...
Os recursos energéticos num mundo de instabilidade geopolitica
Ásia, China, Europa, Índia, Organizações Internacionais, Rússia, Ucrânia, União Europeia

Os recursos energéticos num mundo de instabilidade geopolitica

Os recursos energéticos desempenham um papel central na dinâmica geopolítica contemporânea, refletindo não apenas as necessidades de desenvolvimento econômico dos Estados, mas também suas ambições estratégicas. Em um contexto de crescente instabilidade global, caracterizado por conflitos regionais, rivalidades entre grandes potências e transformações na matriz energética mundial, a disputa por fontes de energia se intensifica, moldando alianças e desafiando o status quo internacional. O conceito de "segurança energética", amplamente discutido por autores como Daniel Yergin, assume dimensões renovadas diante das crises atuais, envolvendo não apenas a disponibilidade de recursos, mas também a acessibilidade, a sustentabilidade e a resiliência das cadeias de suprimento. As sanções impostas...
O neocolonislismo num mundo em mutação
África, Américas, Ásia, Banco Mundial, China, Estados Unidos, Europa, FMI, Nigéria, Organizações Internacionais, Oriente Médio, República Democrática do Congo, Rússia, Turquia, União Europeia

O neocolonislismo num mundo em mutação

O neocolonialismo, entendido como a perpetuação de influências políticas, econômicas e culturais das antigas potências coloniais sobre os países do Sul Global, mantém-se como uma realidade incontestável em um mundo marcado por transformações geopolíticas e tecnológicas. Embora a descolonização formal tenha ocorrido ao longo do século XX, a dependência estrutural de muitas ex-colônias persiste, evidenciando uma continuidade das dinâmicas de exploração sob novas formas. Grandes potências, como Estados Unidos, China e União Europeia, exercem influência por meio de investimentos diretos, acordos comerciais e estratégias de soft power, moldando as economias e as decisões políticas de nações emergentes. A teoria da dependência, formulada por autores como Raúl Prebisch e Theotonio dos Santos, ...
Impactos sobre os BRICS no contexto de expansão dos seus membros e o governo Trump
Américas, Ásia, Brasil, China, Estados Unidos, Europa, Índia, Rússia

Impactos sobre os BRICS no contexto de expansão dos seus membros e o governo Trump

Os BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, enfrentam desafios e oportunidades em um cenário global marcado pela recente expansão do grupo e pela possível volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. A ampliação do bloco, que incorporou novos membros como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Irã, reflete um movimento estratégico para aumentar sua representatividade global e reduzir a dependência das instituições ocidentais. No entanto, essa expansão também introduz complexidades, considerando as divergências geopolíticas entre os novos e antigos membros, além das diferenças em interesses econômicos e políticos. Uma eventual presidência de Trump pode gerar impactos significativos na coesão e nas estratégias dos BRICS, uma vez q...
Global South num mundo em mutação e fragmentação
Américas, Brasil, China, Estados Unidos

Global South num mundo em mutação e fragmentação

A crescente fragmentação da ordem internacional contemporânea tem imposto desafios e oportunidades ao Global South, termo utilizado para designar um conjunto heterogêneo de países em desenvolvimento situados majoritariamente na América Latina, África e Ásia. A ascensão de novas potências, o enfraquecimento das instituições multilaterais e a intensificação de disputas geopolíticas entre potências tradicionais e emergentes impactam diretamente esses países, que buscam reposicionar-se em um sistema internacional cada vez mais multipolar e complexo. As transformações em curso estão relacionadas à crise da globalização liberal, ao ressurgimento de políticas protecionistas e ao aumento da rivalidade entre Estados Unidos e China, fatores que geram novas dinâmicas de poder e obrigações estratég...
Forças centrípetas e centrífugas da globalização: a prevalência do fechamento em tempos de desglobalização
Américas, Ásia, Brasil, China, Estados Unidos

Forças centrípetas e centrífugas da globalização: a prevalência do fechamento em tempos de desglobalização

A globalização, em sua essência, sempre esteve imersa em um jogo de forças contraditórias que moldam o destino das nações e das sociedades. Celso Lafer, em suas análises sobre a política internacional, destacou a coexistência de forças centrípetas, que promovem integração e interdependência, e forças centrífugas, que impulsionam fragmentação e fechamento. Este embate, que ao longo do século XX e início do século XXI oscilou entre momentos de colaboração e conflito, parece ter entrado em um ciclo particularmente inclinado à desglobalização. Ao analisarmos o ano que se encerra, o panorama internacional aponta para um mundo onde as forças centrífugas assumiram um protagonismo inquietante, redefinindo as bases da economia global e das relações entre os povos. As forças centrípetas da global...
Desenvolvimento sustentável no BRICS: um caminho independente para um futuro equilibrado
África, África do Sul, Américas, Ásia, Brasil, BRICS, China, Índia, Organizações Internacionais

Desenvolvimento sustentável no BRICS: um caminho independente para um futuro equilibrado

A Declaração de Kazan, resultante da XVI Cúpula do BRICS realizada em outubro de 2024, enfatiza a necessidade de fortalecer o multilateralismo para promover um desenvolvimento global justo e sustentável. Os países membros — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — reconhecem a importância de adotar um caminho independente que equilibre as demandas de desenvolvimento econômico com a urgência de enfrentar as mudanças climáticas. Historicamente, as nações desenvolvidas foram as principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa, contribuindo significativamente para o aquecimento global. No entanto, as nações em desenvolvimento, incluindo os países do BRICS, enfrentam o desafio de crescer economicamente enquanto implementam práticas sustentáveis. A Declaração de Kazan re...